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Fabricantes de automóveis europeus estimam vender mais 5% em 2023

expresso

JAN 2023

As vendas de automóveis na União Europeia deverão crescer 5% em 2023 mas para valores ainda abaixo do pré-pandemia, estima a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis

A Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) estimou esta terça-feira, 31 de janeiro, que as vendas de automóveis na União Europeia cresçam 5% em 2023 em termos homólogos, para 9,8 milhões, mas ainda abaixo dos valores anteriores à pandemia da covid-19.
"Apesar das muitas incertezas que se avizinham, o mercado deverá começar a recuperar em 2023", afirmou a diretora-geral da ACEA, Sigrid de Vries, em conferência de imprensa citada pela agência France-Presse (AFP), registando que em 2022 as vendas foram 9,3 milhões de unidades, 10,4% abaixo que em 2021 e o valor mais baixo em 30 anos.

Nos cinco principais mercados da União Europeia (UE), os registos de carros novos aumentaram na Alemanha (incremento de 1,1%) e baixaram em Itália (-9,7%), França (-7,8%) e Espanha (-5,4%).

Os fabricantes europeus pedem à indústria para "reforçar a sua posição no cenário global" no imediato.

Na transição para motores elétricos, a indústria da UE representa 19,4% do mercado mundial de automóveis de passageiros, enquanto EUA somam 19,3%, a América do Sul 4,2% e a Ásia 52%.

"A nossa indústria teve durante muito tempo uma vantagem competitiva através da cadeia de valor do motor de combustão. Este já não é o caso nos veículos elétricos", admitiu o presidente da ACEA e presidente da Comissão Executiva do Grupo Renault, Luca de Meo.

O empresário italiano assinalou que "o apoio das autoridades locais e nacionais tem sido maciço e ainda está a crescer na China e nos Estados Unidos".

A ACEA enviou esta terça-feira uma carta à Comissão Europeia, ao Parlamento Europeu e aos embaixadores dos Estados-membros na UE em que exige que os objetivos climáticos não sejam "irrealistas" e uma resposta europeia à Lei da Redução da Inflação dos EUA e ao plano Made In China 2025.

De Meo apontou que o plano norte-americano envolve "dinheiro elevado" e, "de muitas maneiras, tenta defender a produção local".

"Muitas marcas europeias exportam para os EUA e precisam de proteção", sublinhou o empresário italiano, que acrescentou que os fabricantes europeus não pedem "protecionismo", mas "um quadro competitivo".

A indústria automóvel europeia pede "uma política industrial ambiciosa e estruturada para rivalizar com as de outras regiões do mundo".

A ACEA diz que esta política deve "salvaguardar e promover o comércio livre em todo o mundo", uma vez que enfrenta um "desafio muito assimétrico".

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